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A Prefeitura de São Paulo anunciou a liberação de mais R$ 170 milhões para financiar a compra de novos ônibus elétricos para a frota da cidade. O montante faz parte de um pacote de cerca de R$ 5,7 bilhões que o município havia levantado junto ao BNDES, ao BID e ao Banco Mundial. Segundo o portal Diário do Transporte – especializado em mobilidade urbana –, esses recursos irão para sete empresas.

A maior cidade do país tem tido dificuldades para tirar seus planos de eletrificar sua frota de ônibus do papel. Em janeiro deste ano, a prefeitura paulistana informou que já tinha 631 ônibus elétricos – 430 a bateria e 201 trólebus – em operação. É menos de um quarto dos 2.600 que a administração do prefeito Ricardo Nunes tinha como meta para o ano passado.

Uma lei municipal aprovada em 2018 estabelece que, até 2028, a cidade precisa cortar pela metade as emissões de CO₂ de sua frota de ônibus. Em 2038, as emissões teriam que ser zeradas. Para viabilizar essa meta, desde outubro de 2022, a SPTrans veda a compra de veículos a diesel pelos operadores. Isso tem causado atritos, a ponto de a Câmara de Vereadores ter aprovado uma lei que abria uma brecha na proibição, permitindo que até 50% da frota fosse a diesel.

O dispositivo acabou vetado por Ricardo Nunes.

Nos próximos 15 dias, deverão ser entregues mais 115 veículos, elevando esse total para 744 unidades. Ter os veículos, contudo, pode não ser o suficiente. Há tempos a prefeitura e a Enel vêm se estranhando a respeito dos investimentos para a instalação da infraestrutura necessária para o carregamento desses ônibus.

Para contornar esse impasse, a prefeitura vem considerando comprar também 500 veículos movidos a GNV que poderão ser abastecidos com biometano.

Segundo o site da SPTrans, em fevereiro a frota de ônibus de São Paulo contava com 13,2 mil veículos em operação para transportar cerca de 160 milhões de passageiros mensais.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações do Diário do Transporte e da Prefeitura de São Paulo

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